
Luz

Mercuriana
Isaac Newton

Seria um sacrilégio de minha parte não citar um dos cientistas mais conhecidos da história da ciência, qualquer jovem do ensino médio conhece Isaac Newton, por causa das famosas leis de Newton, a da gravidade e da ótica.
Ele nasceu no dia de natal de 1642, e recebeu esse nome em homenagem ao pai, um agricultor que morrera dois meses antes de seu nascimento. Foi um bebê prematuro, tão pequeno e frágil que a mãe temeu que não passasse do primeiro dia. Era tão miúdo que, como ele contou a seu biógrafo muitos anos mais tarde, "podiam pô-lo numa chaleira de um litro". Segundo a lenda familiar, duas criadas enviadas para buscar alguma coisa para o recém-nascido sentaram-se no umbral à beira do caminho, dizendo que não havia razão para pressa já que o menino estaria morto antes que pudessem voltar. Mas ele viveu e, embora fosse ocasionalmente acometido por doenças e tenha sido um hipocondríaco durante a vida toda, Newton contrariou a predição delas e viveu até os 84 anos. Nessa altura, muitos devem ter pensado que foi seu mau gênio que o manteve vivo por tanto tempo.
Isaac não teve uma infância feliz. Quando tinha três anos, sua mãe se casou com um abastado pastor duas vezes mais velho que ela, e o menino foi mandado pra casa da avó materna, com quem passou a morar.
Ficou separado da mãe durante nove anos, até a morte do padastro. É evidente que a separação afetou gravemente o desenvolvimento de sua personalidade e quase certamente moldou suas atitudes com relação às mulheres. Ele pouco se envolveu com elas durante toda sua vida.
A julgar por seus diários e anotações, dedicou pouco tempo até pensar sobre as mulheres. Newton nunca se casou, embora provavelmente tenha ficado noivo pelo menos uma vez (talvez duas) e parece ter concentrado sua atenção exclusivamente no trabalho.
Alguns historiadores examinaram a ancestralidade de Newton em tentativas de explicar seu brilhantismo com uma herança genética, mas essas investigações foram infrutíferas. O ramo da família da mãe (Ayscough) provinha , embora em geral mais instruída e de maior projeção social que os Newton (o do pai), não produziu mais ninguém de algum mérito excepcional. Quanto à família do pai, ainda que fossem agricultores bastante bem sucedidos, tinham pouca, ou nenhuma, educação formal e eram na realidade analfabetos - todos assinaram seus testamentos , redigidos por escribas da aldeia, com uma cruz. A mãe dele sabia escrever um pouco, a julgar por alguns fragmentos de bilhetes que enviou a Isaac. Ela assinou seu próprio testamento, mas não é provável que tivesse muita educação formal, nem que pusesse fé nela.
O importante pra nossa história é que Newton foi criado quase que inteiramente pela família da mãe, que havia membros instruídos, em especial o reverendo Willian Ayscough, que morava a apenas alguns quilômetros de distância. É possível que para a família da mãe fosse natural que o garoto devesse receber pelo menos uma educação básica, ao passo que é duvidoso que a família do pai teriam considerado isso necessário. Mas os Newton lhe deixara uma propriedade, e sua mãe teve o cuidado de reservar a renda dessa propriedade paterna para Isaac. Além disso, como parte de seu contrato de casamento, insistiu em que seu segundo marido transferisse outra gleba para o jovem Newton.

Muito cedo sabia que era diferente: parecia preferir a própria companhia à de outras crianças e raramente brincava ou praticava esportes com elas. Quando brincava com outras crianças, era com meninas e não com os arruaceiros filhos dos agricultores da vizinhança. Segundo as pessoas entrevistadas, Isaac era introspectivo, tímido, temperamental e extremamente nervoso. Por outro lado demonstrava habilidade manual e engenhosidade na construção de brinquedos mecânicos como relógios de água, reproduções em miniaturas de moinhos de vento, pipas e relógios de sol.
Os nove anos que Newton passou separado da mãe, foi um período penoso. Conta-se que o jovem Isaac subia no campanário da igreja para avistar a aldeia próxima, a nova residência da mãe, de quem sentia muita saudade. Newton se tornou um homem angustiado, com uma personalidade neurótica. Ele tinha dez anos quando sua mãe voltou. Agora, contudo, um meio-irmão e duas meias-irmãs partilhavam a atenção dela. Cabia a Newton desempenhar o papel do irmão mais velho. Obviamente esse não era um papel de seu agrado, mas teve curta duração. Menos de dois anos depois, Isaac foi enviado para uma escola secundária. Ele nunca mencionou sobre seus professores ou o que aprendeu com eles, e não há registros de quem foram.
Devido a algumas dificuldades de locomoção, Isaac ficou alojado na casa de uma amiga da mãe dele. Isaac teria tido um quarto no sótão só pra ele e, livres das tarefas agrícolas, passou a ter tempo para empreender vários projetos que lhe pareciam de interesse. Ele teve pequena medida de instrução de aritmética na escola secundária.

Newton começou sua educação sendo classificado quase no nível mais baixo da classe. Mas, aproximadamente na mesma época teve lugar um acontecimento importante que ajudou a moldar a carreira acadêmica subsequente de Newton. Tal como Newton evocou o evento cerca de 70 anos mais tarde, numa manhã ele e um garoto se atracaram numa briga a caminho da escola, tendo o outro "chutando-lhe a barriga com força". Assim que as aulas do dia terminaram, Isaac desafiou seu agressor para uma luta e ganhou - apertou o rosto do oponente contra a parede da igreja. Mas essa humilhante vitória física não foi o bastante. O adversário em questão era o melhor aluno da escola e Newton resolveu derrotá-lo academicamente tal como fizera fisicamente. Isaac ascendeu rapidamente à condição de melhor aluno da escola.
Tornou-se um leitor voraz.
Sua mãe não se impressionou com suas proezas acadêmicas, e resolveu trazê-lo de volta para administrar as propriedades, mas por insistência do diretor da escola e por conselhos do irmão reverendo Willian ela consentiu que ele fosse receber a educação superior.
Foi um cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático, embora tenha sido também astrônomo, alquimista, filósofo natural e teólogo.
Sua obra, Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, é considerada uma das mais influentes na história da ciência. Publicada em 1687, esta obra descreve a lei da gravitação universal e as três leis de Newton, que fundamentaram a mecânica clássica.
Ao demonstrar a consistência que havia entre o sistema por si idealizado e as leis de Kepler do movimento dos planetas, foi o primeiro a demonstrar que os movimentos de objetos, tanto na Terra como em outros corpos celestes, são governados pelo mesmo conjunto de leis naturais. O poder unificador e profético de suas leis era centrado na revolução científica, no avanço do heliocentrismo e na difundida noção de que a investigação racional pode revelar o funcionamento mais intrínseco da natureza.
Em uma pesquisa promovida pela Royal Society, Newton foi considerado o cientista que causou maior impacto na história da ciência.De personalidade sóbria, fechada e solitária, para ele, a função da ciência era descobrir leis universais e enunciá-las de forma precisa e racional. Isaac Newton fez uma analogia entre o amor e a força de atração e entre o ódio e a força de repulsão. Essa idéia da existência de interações entre amor e ódio se tornou muito importante na história da ciência. Ela é anterior a Empédocles, pois teve origem no Egito antigo e exerceu uma grande influência em Isaac Newton no séc. XVII.
(Informações extraídas do livro: "Gigantes da Física" de Richard Brennan e diversas pesquisas via web)
